Inovação e Tecnologia: RN se destaca em classificação para o Prêmio Nacional de Inovação

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Inovação e Tecnologia: RN se destaca em classificação para o Prêmio Nacional de Inovação

 

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Duas iniciativas do Rio Grande do Norte foram classificados para o Prêmio Nacional de Inovação – a maior premiação de inovação do país, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), para incentivar e reconhecer os esforços de instituições que atuam no Brasil.

Uma das ações reconhecidas é da indústria de argamassa Brasil Química de Mineração Industrial (BQMIL) e a outra é do Ecossistema de Inovação do RN, uma ação da FIERN, por meio do Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação do RN (NAGI), envolvendo os parceiros Sebrae, UFRN/IMD, Sedec, Sempla/ Comict, dentre outros atores integrantes das ICTs e empresas industriais no estado.

As iniciativas selecionadas nesta primeira etapa da premiação refletem ações de implementação práticas em inovações e estão concorrendo nas modalidades de Média Empresa (no caso a BQMIL) e de Ecossistema Local de Inovação – ELI. E passarão pela etapa de validação (nesta edição virtual), disputando com outras 15 iniciativas de todo Brasil, depois bancas de juízes até a seleção das finalistas e vencedores.

Para o industrial Marcelo Rosado, CEO da BQMIL, estar entre as empresas selecionadas é gratificante por ser um processo difícil e desafiador. Localizada em Mossoró, a BQMIL concorre com empresas dos maiores centros industriais do país, sem contar que, no geral, as vencedoras são mais de 90% da área de tecnologia e informação.

“Diferente dessas empresas nós estamos trabalhando com materiais, a nossa pesquisa em inovação tecnológica é basicamente em cima de materiais e aproveitamento de resíduos”, conta o empresário, que também é diretor do MAIS RN e vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Calcário, Fabricação de Cimento, Cal e de Argamassa do Estado do Rio Grande do Norte (SINECIM).

Marcelo Rosado, CEO BQMIL

Rosado ressalta que todos que fazem a BQMIL se sentem honrados em participar do processo seletivo para principal premiação do segmento de inovação industrial no país. “Estamos indo para esta nova etapa desejosos que consigamos uma boa classificação. Respeitamos os nossos concorrentes, mas acreditamos que o que temos para mostrar, o que investimos e os resultados que conseguimos alcançar, certamente farão com que possamos ficar entres os melhores colocados”.

A indústria de argamassa BQMIL é conhecida por implantar inovação em seus produtos e processos com uma trajetória nessa área, desde 2009. E conta com diversos serviços e consultorias do Sistema FIERN. A empresa foi uma das três finalistas na edição 2019 do Prêmio Nacional de Inovação. “Já ganhamos em alguns editais pelo Sistema CNI, já fomos parceiros em outros, já recebemos subsídios para fazer parcerias com universidades, desenvolver algumas pesquisas. E ao longo desse tempo elaboramos várias pesquisas”, explicou.

Em tempo de pandemia, a empresa superou o desafio de manter o ritmo em investimentos em pesquisa e inovação. “Entendemos a importância, para a sobrevivência e perpetuação da empresa, do compromisso que nós temos com a sustentabilidade, incorporação de resíduos e de chegar com novos produtos ecologicamente mais corretos e sustentáveis para a sociedade. A BQMIL mantém esse projeto”, afirma o CEO.

Ele acrescenta que “[a seleção] é muito importante porque é um reconhecimento de que estamos no caminho certo. Uma motivação com esse compromisso de investir em pesquisa e inovação tecnológica, abrindo novos relacionamentos, contatos com novas universidades e parcerias”. O trabalho consiste ainda em apoiar pesquisa, trazer novas ideias, para conseguir levar produtos mais sustentáveis e economicamente mais acessíveis a população.

Ecossistema de Inovação do RN

O Ecossistema de Inovação do Rio Grande do Norte articulado entre entidades empresariais, órgãos públicos e instituições acadêmicas, com o objetivo de estimular iniciativas inovadoras, também foi selecionado no Prêmio Nacional, na categoria Ecossistema de Inovação, inserida na edição 2021/2022 do prêmio. A nova modalidade irá reconhecer ações e iniciativas em redes de relacionamento que evidenciem o fortalecimento do ELI.

Foram submetidos práticas em estruturação, que contam com um volume inicial de potenciais empreendedores, na busca por efetividade e integração dos seus ambientes de inovação, via programas e ações articulados de modo colaborativo com relevância e importância no contexto do ecossistema para a economia na grande Natal/RN, apoiados pelo NAGI (Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação do RN), instituído em 2011, pelo Comitê de Lideranças Empresariais pela Inovação e o pelo Comitê de Inovação, Ciência e Tecnologia – COINCITEC.

O time é formado pela FIERN, SEBRAE, UFRN/IMD, Sempla/Comcit, Sedec e a empresa Água Mineral Cristalina, envolvendo seus parceiros IEL-RN, SENAI-RN, SESI-RN, ISI-ER, IFRN, Fapern, Apec, Seahub Coworking, Repin e BQMIL, que apresentou atividades, ações e resultados obtidos.

Susie Macedo, gestora do NAGI

Para a gestora do NAGI, Susie Macêdo, a maior conquista desta classificação consiste na oportunidade de receber do time de avaliadores do Prêmio, que possuem expertise e reconhecimento internacional – banca de juízes, um relatório (feedback da avaliação) com suas percepções entre o nível de Maturidade do Ecossistema de Inovação – ELI e a sua evolução, analisando programas, projetos, ações dos dois últimos anos realizadas, sinalizando os pontos fortes e oportunidades de melhorias, com o objetivo de comprovar as evidências das inovações realizadas.

Prêmio

O Prêmio Nacional de Inovação tem edições a cada dois anos. Trata-se de uma iniciativa uma iniciativa da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), com patrocínio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

A metodologia de avaliação do Prêmio segue um padrão internacional e foi atualizada conforme as novas diretrizes da quarta edição do Manual de Oslo.